A tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho

Santo do dia 11 de abril

 

Conheça a História e a Devoção

 
No dia 11 de abril, a Igreja Católica celebra a vida e o legado de santos e beatos que marcaram a história da fé com seu exemplo de amor a Deus e ao próximo. Nesta data especial, recordamos sua trajetória, milagres e ensinamentos, que continuam a inspirar fiéis em todo o mundo.
 
Acompanhe conosco a história do Santo do Dia 11 de abril, descubra suas virtudes e aprofunde-se na espiritualidade cristã através de orações e reflexões. Que seu testemunho de fé fortaleça nossa caminhada diária!
S. Estanislau, bispo de Cracóvia e mártir

"Não faça nenhuma comparação entre dignidade real e dignidade episcopal, porque a primeira, em relação à segunda, é como a lua ao sol e o chumbo ao ouro". (Carta ao rei Boleslau II)

Estanislau foi uma estrela brilhante! Nasceu em uma família de bons princípios cristãos; aprendeu logo a se recolher em oração e a evitar as frivolidades e o mundanismo.
Encaminhado à vida eclesial, começou a estudar na prestigiosa Universidade polonesa de Gniezno e, depois, em Paris, se dedicou ao estudo de Direito Canônico e Teologia; ao término, recusou o título de doutor, por humildade. Após este período na França, retornou à sua pátria, a Polônia, porque era ali que o Senhor o aguardava.

Como os Apóstolos

Ao ser ordenado sacerdote, na catedral de Cracóvia, Estanislau tornou-se o braço direito do Bispo, devido à sua conduta austera e irrepreensível: praticou a penitência, transcorreu grande parte do seu tempo à leitura e à meditação das Escrituras.
Com o falecimento do seu Bispo, o Papa Alexandre II o consagrou seu Sucessor, em 1072, contrariamente ao seu desejo. Daí, Estanislau entendeu que, se Deus o queria como seu apóstolo, então devia viver sob o exemplo dos Apóstolos.
Ao guiar seu rebanho, foi um verdadeiro pastor: socorria os doentes e os pobres, escrevendo todos os nomes em uma lista, para não esquecer ninguém; abriu as portas da Cúria para acolher os que precisavam de apenas um conselho ou uma palavra de conforto; visitava sempre as paróquias da diocese e exigia dos seus sacerdotes uma vida de autêntico testemunho. Estanislau tampouco hesitou em repreender, publicamente, o rei Boleslau II, líder intrépido contra os russos, mas dissoluto e tirano na sua vida pessoal. A relação entre os dois começou a degenerar.

A terra de Piotrawin

No início, Boleslau prometeu ao Bispo que iria se comportar bem, mas a sua inclinação ao mal era mais forte dom que ele.
Certo dia, mandou sequestrar a linda esposa de um nobre, apenas para satisfazer seu prazer. Esta sua atitude extrapolou: Estanislau ameaçou-lhe com a excomunhão. Mas, a vingança do soberano foi imediata. O Bispo havia comprado um terreno de um cavalheiro, chamado Pedro, conhecido como "a terra de Piotrawin", e o colocou à disposição da Igreja de Cracóvia. Mas, embora tivesse pago o devido preço, na presença de testemunhas, não recebeu nenhum recibo de quitação. Com a morte de Pedro, o rei inculca em seus herdeiros a dúvida de que o Bispo havia enganado o parente, uma vez que não pode provar, com nenhum documento, a regularidade da propriedade em questão. Assim, instaurou um processo contra o prelado. Um pouco antes da sentença, Estanislau conseguiu obter um adiamento de três dias, durante os quais rezou muito: foi ao túmulo de Pedro e o tocou com o báculo pastoral; assim, o ressuscitou e o levou ao tribunal para testemunhar. Mas, mesmo assim, este milagre não foi suficiente para fazer Boleslau mudar de ideia.

As relações com Bolesla II e o martírio

Estanislau foi obrigado a excomungar o rei e pediu que todos os sacerdotes interrompessem, imediatamente, se ele entrasse na igreja. Para evitar isso, o Bispo celebrava Missa fora da cidade, na igreja de São Miguel. Ali ocorreu a vingança do cruel soberano: os guardas, encarregados de matá-lo, caíram no chão por força de uma obra misteriosa. Então, o próprio rei desembainhou a espada e matou o pobre Bispo indefeso. Estava tão furioso, que cortou vários membros do seu corpo e os espalhou no campo. Por sua vez, os fiéis recompuseram seus membros porque, para eles, Estanislau já era santo, embora tenha sido canonizado, oficialmente, somente em 1253, pelo Papa Inocêncio IV.
Quanto a Boleslau, com a confirmação da sua excomunhão pelo Papa, a sua dignidade real decaiu: ele se arrependeu e, no caminho da sua peregrinação a Roma, trancou-se em um mosteiro Beneditino, na Caríntia, onde passou o resto da sua vida, no anonimato, como Irmão leigo, dedicando-se aos trabalhos mais humildes.

S. Gema Galgáni, virgem de Lucca, terciária passionista

Gema Galgani passou por sofrimentos desde a sua tenra idade. Tinha apenas sete anos quando sua mãe faleceu; mas, a sua família foi atingida ainda por outros lutos: a morte do irmão Gino, seminarista, e depois a do pai.
Tendo os irmãos Galgani ficado à beira da miséria, Gema foi acolhida por uma tia. Sofrendo por algumas enfermidades, como osteíte nas vértebras lombares e mastoidite, ficou acamada por vários meses. No interim, leu a biografia de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, pela qual ficou muito impressionada.
Transcorria o ano de 1899, quando Gema recuperou a saúde, após invocar a intercessão de Santa Margarida Maria Alacoque e fazer uma novena.

Amor a Jesus e dom dos estigmas

A jovem Gema sentia profundamente o desejo de consagrar-se ao Senhor, mas, por diversos motivos, não conseguiu ser religiosa claustral. Isto, porém, não lhe impediu mergulhar na contemplação de Jesus Crucificado.
No dia 8 de junho de 1899, Oitava de Corpus Christi e véspera da festa do Sagrado Coração de Jesus, a jovem recebeu os estigmas, que reapareciam, periodicamente, na noite de quinta-feira até às 15 horas de sexta-feira. Por certo período, os estigmas se manifestaram quase todos os dias.
Alguns, porém, expressaram perplexidade sobre a autenticidade destes sinais. Contudo, o Padre Germano Ruoppolo, postulador geral dos Passionistas e grande estudioso de mística, a defendeu.
Durante a sua vida mística, Gema manteve muitos colóquios com Jesus, Maria, o Anjo da Guarda e São Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Tais colóquios encontram-se no seu epistolário, Diário e Autobiografia.

Últimos dias de vida

Gema ficou hospedada na casa dos Giannini, em Lucca, que, para ela, foram uma verdadeira família, até à sua morte.
Em maio de 1902, foram diagnosticados, em Gema, sintomas de tuberculose. Por isso, teve que se transferir para outro apartamento, vizinho ao da família Giannini.

Sua morte ocorreu no dia 11 de abril de 1903, Sábado Santo, enquanto os sinos anunciavam a Ressurreição de Cristo.
Trinta anos depois, o Papa Pio XI a beatificou e, em 1940, Pio XII a canonizou, definindo-a “estrela do seu Pontificado”.
 

Calendário Litúrgico

11 de abril: Sexta-feira da 5ª semana da Quaresma

Memorial

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: Jr 20,10-13
Salmo Responsorial: Sl 17(18),2-3a.3bc-4.5-6.7 (R. cf. 7)
Evangelho: Jo 10,31-42

Cor Litúrgica: Roxo